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Edição do dia 31/03/2014
31/03/2014
09h32 - Atualizado em 31/03/2014 09h32
Relatório da ONU alerta para efeitos severos do aquecimento global
Mundo não
se preparou para lidar com as mudanças, dizem cientistas.
Previsões assustadoras mostram efeitos na agricultura e no clima.
Previsões assustadoras mostram efeitos na agricultura e no clima.
Cientistas do Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas da ONU da divulgaram nesta segunda-feira (31), no Japão, um
novo relatório que alerta para os efeitos do aquecimento global, que devem ser
severos e irreversíveis.
No Brasil, o relatório chama atenção para a ameaça
a várias espécies. A China, grande consumidora de grãos, vai enfrentar períodos
de estiagem que vão castigar as plantações.
A seca vai provocar incêndios na Austrália. Na África,
o principal problema será a falta d'água.
A Europa, principalmente o norte do continente,
terá que enfrentar as enchentes por causa do aumento do nível dos oceanos. Esse
problema é agravado pelo derretimento do gelo em regiões como a Groenlândia.
Além das enchentes, a Europa vai enfrentar mais secas e inundações.
Nenhum canto do planeta escapa às previsões
catastróficas da ONU. O mundo não se preparou para lidar com as mudanças,
segundo o relatório. E o pior ainda está por vir.
As secas vão ficar ainda mais severas, a
agricultura terá que migrar para as regiões mais frias e o preço dos alimentos
deve subir e prejudicar milhões de pessoas.
As evidências estão mais fortes do que nunca. O
clima no planeta está sofrendo transformações por influência do homem. A
conclusão está no relatório resultado de estudos de mais de 700 cientistas de
quase cem países.
Segundo os pesquisadores, desde o ano de 1850, a
cada três décadas é possível registrar aumento nas temperaturas, e os primeiros
dez anos do século XXI foram os mais quentes até agora.
Um gráfico mostra que quanto maior a concentração
de dióxido de carbono - o CO2 - na atmosfera - maior a temperatura. Os níveis
de CO2 nunca estiveram tão altos, consequência da queima de carvão e
combustíveis como a gasolina.
Os estudiosos afirmam que os sinais mais visíveis
do aquecimento global vêm do Polo Norte, onde há cada vez menos gelo.
O relatório das Nações Unidas faz previsões
assustadoras. Os cientistas dizem que se a emissão de CO2 continuar nos níveis
atuais, os danos poderão ser irreversíveis. Oceanos mais quentes, tragédias
climáticas mais frequentes, inundações, menos água potável e menos comida no
mundo. Lavouras de trigo, arroz, soja e milho poderão virar cinzas.
O Brasil é citado no documento. Segundo os cientistas,
ainda somos - de longe - o país que mais desmata as florestas. A boa notícia é
que na última década o ritmo vem diminuindo.
Para o Nordeste brasileiro, um alerta: nos próximos
86 anos, a quantidade de chuvas pode diminuir em 22%.
O Banco Mundial estima que, a partir de 2050, o
mundo terá que gastar o equivalente a R$ 200 bilhões por ano para se adaptar a
esse cenário sombrio.
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