Caminho da Fé percorrido de Consolação MG à Aparecida SP, de 17.11 a 24.11.21. Das três vezes que eu fiz o caminho, esse foi o qual eu mais me realizei como ser humano, como parceiro, como companheiro daqueles que caminharam comigo. A minha satisfação, alegria e realização é de que a minha esposa Lizete fez parte da minha peregrinação além é claro, do Valdemir meu eterno companheiro de estrada e a sua guerreira esposa, Sra. Leila, vou usar um jargão do locutor esportivo, EVERALDO MARQUES, -VOCÊS MULHERES FORAM SIMPLESMENTE RIDÍCULAS -, guerreiras, parceiras, determinadas, provaram que mulheres podem fazer uma jornada digamos assim, FACA NOS DENTES e chegar ao fim.
Era para ser um percurso de 160 Km mas no final, fizemos 175 Km. Vou dividir a postagem da caminhada, em quatro blocos, REFLEXÃO, INFORMAÇÃO/ ESTATÍSTICA, MOMENTOS, e o último somente de FOTOS, para que com isso, vocês que acessam o meu blog possam escolher o assunto que melhor lhe convier e viver juntos com a gente tudo aquilo que o caminho nos proporcionou, muito bem, vamos lá.
Fazer o CAMINHO DA FÉ, vai muito além de se colocar um tênis e uma roupa apropriada e sair por aí dando um passo atrás do outro. Vou aqui relatar o que sinto quando faço o CF, pois com a graça de Deus já é a terceira vez que realizo esse sonho. O caminho transcende qualquer tipo de pensamentos e emoções para aqueles que tem como hobby realizar longas caminhadas. Cada vez que fazemos o caminho, as emoções, as experiências, são sempre diferentes, mesmo a gente sabendo das dificuldades que o caminho nos reserva, ele nos leva a refletir sobre a vida, pensar; O QUE ESTOU FAZENDO AQUI, e começamos a responder para nós mesmos sobre essas dúvidas, e podemos afirmar com certeza de que todas as pessoas normais, podem realizar grandes caminhadas, basta QUERER. O caminho nos mostra as dificuldades em cada subida em cada descida, as belezas exuberantes da natureza da Serra da Mantiqueira, os gestos solidários das pessoas que moram em torno do caminho, os peregrinos, os bicigrinos, os cavaleiros, os voluntários anônimos que nos oferecem sem mesmo nos conhecer, um copo de água, um alimento, uma informação sobre o trajeto correto, um aceno nos desejando bom caminho, um pedido de oração, um abrigo, todos essas pessoas são imbuídas dos mesmos propósitos, SOMAR FORÇAS para que todos cheguem a contento na casa da mãezinha. Todas essas atitudes, nos leva a acreditar ainda mais, que o mundo pode ser mais fraterno, mais igualitário, que nós podemos mudar nosso coração, repensar nossas atitudes, viver cada vez mais como irmãos, ajudar os mais necessitados, partilhar com os outros, mesmo que nós tenhamos poucas coisas para isso, se conscientizar cada vez mais, que somos todos filhos do mesmo pai.
Nossas caminhadas nesse mundo terreno, nos faz refletir de que muitas vezes durante o trajeto, carregamos dezenas de quilos de coisas que podemos deixar pelo caminho; rancor, desilusão, melancolia, insegurança, falta de participação nos projetos sociais de nossa comunidade, egocentrismo, falta de empatia, além dos objetos de uso pessoal, que sempre que viajamos, seja de carro, de avião e principalmente a pé, carregamos um MONTÃO de pertences que nem sequer chegamos a usar em nossa jornada. Por outro lado, em nossas residências, quanta coisa sem uso e que não nos desapegamos de jeito nenhum, será que não podemos doar para que o irmão mais necessitado possa usufruir desses materiais, pense nisso, ainda é tempo de mudar.
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